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O RIO DE CONTAS

O Rio de Contas é um capítulo à parte na vida de Itacaré. Ele nasce a 1.500 metros de altitude, na majestosa Serra da Tromba (Município de Piatã) na Chapada Diamantina, e percorre cerca de 620 km até atingir Itacaré. Sua bacia hidrográfica ocupa uma área de 53.334 km², o que corresponde a 10,2% do território estadual.

Subindo de Itacaré em direção a Taboquinhas maravilhosas cachoeiras como a do Cleandro e Pancada Grande oferecem banhos refrescantes em perfeito contato com a mata Atlântica. Manguezais, bromélias, pássaros, ilhotas completam a atmosfera perfeita deste inigualável berçário de vida e cor.

Restaurantes típicos em suas margens, entre coqueirais recebem com iguarias e simpatia típica desta localidade. Águas cristalinas, temperatura agradável, amplas margens, o Rio de Contas do interior até seu deságue nas praias de Itacaré oferece um espetáculo de águas deslumbrante que nos conta a história da Bahia.

Como se pode imaginar, o rio foi, durante muito tempo, a principal via de interligação dos diversos povoados de Itacaré e de outros municípios. Hoje, o Rio de Contas é um atrativo turístico importantíssimo; através dele podemos, por exemplo, entrar em contato com o mangue, que segundo os estudiosos é o berço de toda a vida. Além disso, ele também é a via de acesso para vários outros atrativos – pesca esportiva, cachoeiras e rafting, por exemplo.

Os passeio de canoa ou de barco subindo o Rio são cada vez mais procurados pelos turistas. São realizados diariamente por barqueiros que podem ser encontrados na orla de Itacaré.

Com a inauguração da 2ª Etapa da Rodovia BA-001 ligando Itacaré a Maraú, o acesso e a ponte sobre o Rio de Contas (distante a 9 Km da cidade de Itacaré) foram estrategicamente construídos para presentear os viajantes: um visual indescritível especialmente no pôr-do-sol.

POR QUE “RIO DE CONTAS” ?

A origem de seu nome até hoje é motivo de discussões. Segundo consta, os índios o chamavam de Jussiape e os cronistas espanhóis que acompanharam as expedições de Vicente Pinzon e Diego Lepa (que estiveram em terras brasileiras antes da chegada de Pedro Álvares Cabral), batizaram-no de Rio São Julião.

A denominação RIO DE CONTAS, ou RIO DAS CONTAS, segundo alguns historiadores, originou-se de um incidente provocado por dois religiosos; chegando a uma das margens, eles foram envolvidos por índios bravios, tendo um deles pronunciado (enquanto segurava o rosário): “Hoje, meu irmão, iremos às contas”. No período colonial também era chamado de Rio Santo Agostinho.

O historiador Borges de Barros fala sobre a existência de pedras redondas e azuladas – parecidas com “contas” – que se espalhavam pelo leito do rio.

Já o historiador jequiense Emerson Pinto de Araújo salienta que a explicação mais plausível quem nos dá é Aristides Milton: nas proximidades da atual cidade de Jussiape (na Chapada Diamantina), durante a mineração em épocas pré-fixadas, encontravam-se mineradores e cobradores do “quinto de ouro” (espécie de imposto) para acertar contas, daí a denominação RIO DE CONTAS.

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